Alunas do Santo Américo desenvolvem Sistema Alternativo de Dessalinização
Projeto é sustentável, econômico e eficaz
As alunas Isabella da Silva Carvalho, Joyce Rodrigues Soares e Marianna Jardim, da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Santo Américo, desenvolveram um projeto alternativo para dessalinização da água, muito mais sustentável e econômico do que o processo de Osmose Reversa.
O projeto SAL – Sistema de Dessalinização foi desenvolvido durante as aulas da eletiva de Iniciação Científica com a orientação da professora Leila M. Stávale. “Prevendo o grande problema de escassez de água que a humanidade poderá enfrentar no futuro, as alunas criaram um projeto de dessalinização da água do mar que utiliza um fator biótico do ecossistema, tornando o processo mais sustentável e econômico”, conta a orientadora.
Em fase de desenvolvimento do protótipo, o sistema de dessalinização criado pelas alunas utiliza a erva de sal Salicornia ambígua, uma planta halófita tolerante à água salobra. Em seu processo natural de evapotranspiração, a planta absorve sais da água salobra, diminuindo a concentração de NaCl, tornando possível filtrar a água por meio da remoção dos sais e alterando sua concentração inicial a uma medida equiparada a de uma mesma porção de água potável.
O projeto nasceu de uma ideia que surgiu durante a aula de biologia das alunas. “Elas trouxeram para a Iniciação Científica e, a partir disso, pensaram em todo o protótipo. Ele foi imaginado levando em consideração o uso de materiais sustentáveis e mais baratos, pois o processo de dessalinização que existe é muito caro e impacta no ecossistema marinho. Agora estamos na fase de montagem e testes. O mais complicado foi conseguir a planta halófita e, assim que enraizar, poderemos dar a partida nos testes”, explica Leila Stávale.
Além do processo com a planta halófita, as alunas adicionaram outras técnicas ao processo como forma de garantir a perfeita manutenção do sistema. “O projeto é uma forma alternativa de dessalinização para a obtenção de água doce de forma sustentável, econômica e eficaz para sua correta distribuição no planeta”, finaliza a orientadora.
As alunas escreveram o relatório do projeto durante as férias e tiveram o projeto selecionado para participar de uma importante feira de ciências que acontecerá de 20 a 25 de setembro em São Paulo.