Bate-Bola com o CSA – A convivência escolar e o papel do Orientador de Convivência na rotina dos alunos
Garantir uma convivência democrática e tranquila no ambiente escolar é fundamental para a aprendizagem de crianças e jovens. Equilibrar a necessidade de disciplina com a liberdade que deve ser dada aos alunos de diferentes perfis é outro assunto que deve ser tratado com cuidado por gestores, coordenadores, orientadores pedagógicos, professores e orientadores e auxiliares de convivência.
Tornar a escola um ambiente de respeito, igualdade, amizade, disciplina e inclusão é tarefa para quem entende do assunto e tem experiência no trato com toda a comunidade escolar. Para falar sobre a convivência escolar e o papel do orientador na rotina do colégio, o Bate-Bola CSA conversou com o professor André Arid, há 37 anos no colégio, sendo 25 como Orientador de Convivência do Ensino Fundamental Anos Iniciais, e Tiago Pizaneschi, que durante 13 anos trabalhou como professor e este ano assumiu o cargo de Orientador de Convivência do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. Entre outras coisas, é deles o papel de manter a ordem nas dependências da escola, observar o comportamento dos alunos, checar uniformes e atrasos e manter diálogo com as famílias.
O que faz o Orientador de Convivência do Santo Américo?
Aqui no CSA nosso papel é garantir um ambiente seguro e amigável aos nossos alunos, zelando pela rotina deles em todos os ambientes do colégio. Promover a cultura do respeito entre todos e a prática de nossos valores também faz parte do nosso dia a dia. Além disso, aqui no Santo Américo existe uma importante parceria entre a Orientação de Convivência e a Orientação Educacional, um diferencial do colégio que permite que seja dado atendimento personalizado ao aluno na resolução de questões pontuais. Esse trabalho em parceria garante um olhar individualizado a cada um de nossos alunos o que, para nós, é um ponto fundamental na formação humana e acadêmica.
Qual a importância do trabalho de vocês na formação de nossos alunos?
Como ficamos com os alunos o dia todo nos pátios, corredores, refeitório e entrada e saída da escola, deixamos claro para os alunos que podem contar conosco em qualquer momento. Com essa proximidade, mostramos aos alunos a importância de uma “reação equilibrada” diante de todas as provocações da vida. No dia a dia, conseguimos participar da formação de nossos alunos ensinando os principais valores do Santo Américo: escuta, amizade, vida em comunidade, respeito e solidariedade. É por intermédio desses valores que eles aprendem sobre ética, justiça, inclusão e empatia, por exemplo.
Como garantir o cumprimento das regras de convivência do colégio?
Apesar de termos o nosso “Manual de Convivência”, onde as regras sobre o que se pode fazer, ou não, no nosso colégio e imediações, a ferramenta mais valiosa que temos e que é nossa base na Orientação de Convivência, é o diálogo. Passamos o dia conversando com os alunos, elogiando inúmeras posturas e orientando os que ainda têm dúvidas sobre a importância de uma boa convivência. Além disso, a relação que criamos com as famílias de nossos alunos desenvolve o sentimento de confiança que faz com que tenhamos o aval deles nesse trabalho de garantir o cumprimento das regras e a boa convivência entre todos.
Qual a maior dificuldade na rotina de vocês para atingir o sucesso na convivência entre os alunos?
É quando o aluno se depara com dois caminhos ou duas opções diferentes para um dilema ou uma questão: a do colégio e da família. Quando estas duas instituições não comungam da mesma ideia, o aluno fica perdido e acaba formando um terceiro caminho, que geralmente é mais difícil. Nesse momento, nosso papel é conversar com aluno, entender a resposta que ele mesmo encontrou para a questão ou dilema apresentado, e entrar em contato com a família para dialogar, chegar a um denominador comum e estabelecer um caminho que atenda as duas instituições e a necessidade do aluno.
E qual a maior realização de um orientador de convivência?
São muitas as realizações! Nós acompanhamos toda a jornada escolar do aluno e seu crescimento e amadurecimento e isso permite que nos realizemos e nos emocionemos ao longo desse período. Podemos citar dois motivos de realização para o orientador de convivência:
O primeiro é quando sentimos que depois de muita conversa, orientações, abraços, broncas e sorrisos, a criança interioriza o que é melhor para ela ser feliz. O segundo é quando um ex-aluno do Santo Américo volta para o colégio trazendo seus filhos ou netos para estudar conosco.
Acreditamos que esses sejam dois dos principais motivos de nos sentirmos cada dia mais realizados e motivados.